sábado, 29 de dezembro de 2018

O NÃO

Gabi, meu amor.

Hoje vou abrir uma exceção nas postagens que tenho feito nos últimos anos.
Tenho me esforçado para tentar transmitir quem sou, o que penso e o que quero deixar.

Está se aproximando o dia dos teus 15 anos, que é quando vou te entregar esse blog com um pouco de mim. E isso está me deixando apreensivo.

Tenho certeza absoluta da tua maturidade em compreender tudo o que eu disse até aqui sobre amor, verdade, felicidade, fé, silêncio e tantas outras coisas. Te falei de meus princípios, naquilo que acredito e não acredito, no modo que interpreto a vida ainda que tenha faltado muita coisa a dizer.
Sei que vai compreender ainda que não concorde e tenha os teus próprios princípios - que é o que espero de você.

Até aqui não falei do que eu sinto mas de como eu percebo os sentimentos mas, hoje, tive vontade de falar de uma coisa que está me preocupando: o Não!

Estou bem seguro de ter feito o certo por você neste ano que está acabando. Minha decisão foi pensada para te dar o que estava difícil de conseguir: segurança.

Mas fiquei inseguro ... não tenho certeza de que você tenha entendido o Não como um meio de fortalecer teu futuro, de dar condições para que você cresça com perspectiva de construir teu próprio caminho. Essa foi minha intenção.

Falar do sentimento que tenho agora não era o propósito deste blog mas estou vindo aqui para te dizer do medo que tenho de você interpretar de modo diferente.

Tenho dado muitos Nãos ultimamente ainda que não quisesse. Mas foi necessário, tenho certeza que foi. Mas não significam que você deixou de ter importância ou que não esteja mais nos meus pensamentos diários. Pelo contrário; você está cada dia mais presente na minha vida e é isso que me faz suportar nossa distância e a saudade.

As coisas materiais são importantes. Mesmo que eu não seja apegado a elas e um mínimo é necessário. Minha meta é poder te proporcionar a tranquilidade intelectual, uma base de conhecimentos e condutas para que você mesma construa teu caminho. E, para isso, estou me esforçando.

Em outra postagem falei sobre felicidade, uma sensação que vai e vem, que não é constante assim como a infelicidade. Isso vai passar, essa minha insegurança, esse medo de você não entender meu propósito.

Dei mais Nãos do que gostaria e quero te pedir uma só coisa: se não me compreendeu espere pra me julgar quando estiver mais madura, quando tiver adquirido experiências o bastante para poder decidir quantas vezes dizemos Não na esperança de dizer, mais tarde, Sim.

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